Data: 29-08-2012
Criterio:
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Alstroemeria inodoracaracteriza-se por ervas terrícolas ou rupícolas, perenes, hermafrodita. Nãoendêmica do Brasil. Ocorre nos biomas Mata Atlântica e Cerrado, desenvolve-seem brejos de altitude e campos rupestres. Amplamente distribuída no territóriobrasileiro. Apresenta EOO de 993.140,992km². Protegida por unidades deconservação (SNUC). Bem representada em coleções científicas. Não apresenta nenhumaameaça direta que possa levá-la a risco de extinção. Suadistribuição disjunta e pontual entre Estados brasileiros possivelmente levaráa categorias de ameaça em avaliações regionais. Não ameaçada no âmbitonacional.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Alstroemeria inodora Herb.;
Família: Alstroemeriaceae
Descrita em Amar. 90. t. 2. f. 1. A espécie é próxima de A. cunha Vell., diferenciando-se desta por apresentar flores com tépalas externas variegadas (Assis, 2005).
Ocorre no Uruguai, Paraguai e Brasil, nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Assis, 2010).
Erva perene, encontrada em formações campestres de diferentes Estados; fértil durante o ano todo.
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
O desmatamento no Cerrado atingiu em 2008 47% da distribuição original do Bioma. Entre 2008 e 2009 7.637 km² de cerrados foram desmatados (MMA; IBAMA, 2011). Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão (MMA; IBAMA, 2011).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Apesar de importantes do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o atual ritmo de degradação pode levar esses brejos ao completo desaparecimento em um futuro muito próximo (Rodrigues et al., 2009). As condições privilegiadas dos brejos de altitude têm atraído historicamente pecuaristas e agricultores, que, através da criação de gado e do desenvolvimento de lavouras permanentes, como as de banana, café e citros, secundadas por lavouras temporárias, como as de hortaliças, mandioca, milho e feijão, vão suprimindo a vegetação original destes importantes enclaves de florestas úmidas no coração do semiárido (Locatelli et al., 2004).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Os Campos de Altitude da Mata Atlântica sofrem com as atividades antrópicas realizadas em seu entorno e interior. A sensibilidade dos solos, rasos, facilita que processos erosivos entrem em curso; a remoção da vegetação tampão no entorno facilita a invasão de espécies exóticas invasoras com alto poder competitivo, que uma vez instaladas, competem diretamente por recursos com a flora nativa; intensos e frequentes incêndios incidem sobre os Campos de Altitude; atividades extrativistas impactam diretamente populações de plantas endêmicas e raras; a mineração de granito-gnaisse e arenito alteram irremediavelmente o substrato; a crescente expansão urbana para áreas de encosta suprime ainda mais esses ambientes e o desenvolvimento de técnicas agrícolas modernas tem permitido o desenvolvimento do que é chamado "agricultura de altitude" (p. ex. o cultivo de café no estado do Espirito Santo, que tem atingido cotas de até 1200 m); instalação de torres de transmissão de energia e telecomunicações, destruindo extensas faixas de áreas montanhosas naturais; e aliada a isso, a flora dessas regiões apresenta uma alta vulnerabilidade às mudanças climáticas em curso (Spehn; Körner, 2005; Martinelli, 2007).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada na categoria "Vulnerável" (VU) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no PARNA Serra dos Órgãos, Teresópolis - RJ; Estação Ecológica Seridó, Serra Negra do Norte - RN; RPPN Faz. Almas, São José dos Cordeiros - PB.
- Banco de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
- ASSIS, M. C. Alstroemeriaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB004280>.
- ASSIS, M. C. Liliaceae s.l. (Alstroemeriaceae). FAPESP; RiMa, 2005. 238-244 p.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, IBAMA. Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite. Acordo de Cooperação Técnica MMA/IBAMA: Monitoramento do Bioma Caatinga 2008 a 2009, Brasília, DF, p.46, 2011.
- RODRIGUES ET AL. Ecologia dos Brejos de Altitude do Agreste de Pernambuco. Revista de Geografia, v. 25, n. 3, 2009.
- LOCATELLI, E.; MACHADO, I. C.; MEDEIROS, P. Riqueza de Abelhas e a Flora Apícola em um Fragmento da Mata Serrana (Brejo de Altitude) em Pernambuco, Nordeste do Brasil. In: PÔRTO, K. C.; CABRAL, J. J.; TABARELLI, M. (ORG.) Brejos de Altitude: História Natural, Ecologia e Conservação. Brasília, DF: Universidade Federal de Pernambuco; Ministério do Meio Ambiente, 2004.
- SPEHN, E.; KÖRNER, C. Globa l Mount a in Biodiversity Assessment (GMBA): A Global Diversitas Network. , 2005.
- MARTINELLI, G. Mountain biodiversity in Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 4, p. 587-597, 2007.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
CNCFlora. Alstroemeria inodora in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Alstroemeria inodora
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 29/08/2012 - 16:43:49